sexta-feira, maio 30, 2008

Quando a Banda passa...


Abaixa o som desse rádio, menino


Venha logo, venha ver a banda passar,


Venha ouvir a retreta,


Que de tão faceira,


faz a moça se roçar,


a soltar suspiro de saudades,


dos beijos trocados, das juras, do amor....


Venha que ela já está passando,


retumbando, clarinetando,


ratabum, raratátá....


Moça veía na janela,


meninada a correr,


e a dançar devaneios,


quando a banda passa....


Saí à varanda, seu prefeito,


estufa o peito, faz orgulho,


linda banda a perfilar,


raratátá, paramrampamram.


Até a cachorrada,


entoada acompanhava,


uivava que não parava,


quando a banda passa....


Passa, passa, minha banda,


o meu coração alegra,


faz a vida mais bonita,


Parará, tará, tibum...

sábado, maio 03, 2008

Quem não brincou de Catavento?




Uma bela manhã de sol. O céu tão azul, pássaros cantando, gotas de orvalho ainda banhavam as folhas verdes das plantas e árvores. Dessas manhãs que me lembram minha infância, quando meus pais levavam-me ao parque, onde eu brincava e ganhava algodão-doce azul, balão verde e branco e catavento.

Fui, curtindo minhas reminiscências, enquanto ia de metrô para o trabalho, observando a bela paisagem durante a viagem.

Logo desci na estação e antes que eu pudesse acordar do meu sonho acordado, fui surpreendido por uma visão, estonteante, que me fez sonhar ainda mais. Em meio à multidão, que se comprimia na ponta da escada rolante, para descer à saída, alguém segurava um catavento gigante, o maior que já vi, maior do que as minhas lembranças, de cores tão fascinantes que me hipnotizaram imediatamente.

Uma estranha força me obrigou a segui-lo e identificar quem o segurava, já que só dava para vê-lo, acima das cabeças da multidão.

Quando, já fora da escada rolante, avistei o rapaz que carregava o enorme catavento, mas, ele saiu correndo, pegou um onibus e se foi.

Levou minhas lembranças, todas que pude ter, das manhãs ensolaradas no parque, de tantas cores que me alegravam, ao bel prazer do vento que soprava meu brinquedo. Talvez os momentos mais felizes, de um passado distante, não só meu, mas, de todos aqueles que um dia brincaram de catavento
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